10 curiosidades sobre a JBC

curiosidadesMangá com periodicidade semanal? Público alvo da editora? Confira, essas e outras curiosidades da JBC.

Certo dia, pesquisando uma informação para uma matéria aqui neste blog, deparei-me com uma série de notícias e informações que eu não fazia ideia a respeito da editora JBC.

Essas notícias e informações me pareciam muito interessantes e que pouca gente falava ou lembrava. Pensando nisso, resolvemos selecionar algumas informações e trazer para vocês 10 curiosidades sobre a editora de mangás mais amada e odiada da internet.

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10. Primeiros mangás

Sakura 24Os primeiros mangás da editora foram Sakura Card Captors, Samurai XVideo Girl Ai e Guerreiras Mágicas de Rayearth. Os quatro títulos foram lançados com uma diferença de algumas semanas entre eles, com o objetivo de marcar presença nas bancas e criar um espaço então inexistente para os mangás.

Segundo Marcelo del Greco, Sakura Card Captors foi o título que mais vendeu nesse primeiro momento, pois à época o animê da caçadora de cartas era um dos sucessos da rede Globo e esse sucesso se refletiu em vendas de sua versão em mangá.

Fonte: JBC e Otanippon


9. Joseis

Socrates in loveMangás joseis são mangás destinados originalmente a mulheres jovens adultas, publicados em revistas específicas.

Salvo engano, a editora JBC somente publicou um mangá genuinamente da demografia Josei: Sócrates in love, em 2007. 

Depois, o mais próximo que a editora passou dessa demografia foi com Nana que notadamente deveria ser um mangá publicado numa revista josei, mas era publicado em uma revista shoujo.


tom sawyer8. Shoujos

Ainda nessa questão de demografias, a editora vem sendo muito criticadas nos últimos anos pelos fãs de shoujos por algumas declarações como “shoujo não vende” ou “esse shoujo não é chato”. Porém a editora sempre lançou mangás dessa demografia e sempre houve um incentivo por parte dela a esses títulos.

Um dos grandes exemplos aconteceu em 2006, quando a editora foi uma das apoiadoras (ao lado da Fundação Japão) de uma palestra sobre a força do shoujo mangá. O evento contou com a presença de uma importante pesquisadora, residente nos Estados Unidos, chamada Masami Toku.

                                  Fonte: JBC


Cowboy bebop 01

7. Mangá semanal

Atualmente, a maioria dos títulos da editora são mensais e aos poucos ela tem feito testes para mangás com periodicidade bimestral. No passado, entretanto, a JBC já lançou mangás quinzenais e até mesmo um mangá semanal. Foi Cowboy Bebop, em 2004, ainda na época do meio-tanko. A editora o publicou em 6 edições com essa periodicidade semanal. Mas isso era uma outra época…

Fonte: JBC


gunnm 116. Gunnm

Segundo entrevista de Marcelo Del Greco para o site JBox, a Shueisha teria pedido para a JBC lançar Gunnm, tendo em vista que uma outra editora havia o lançado de forma pirata no Brasil. A JBC aceitou o pedido e o título foi publicado em terras brasileira. Até onde sabemos Gunnm tem a peculiaridade de ser o único mangá da editora a ter sido publicado com sobrecapa.

Ao que parece os direitos de publicação não pertencem mais à empresa. Segundo a editora nos disse, se uma outra editora quiser, poderá adquirir a licença e relançar o título, pois não há impedimentos contratuais com a JBC. Isso, no entanto, não impede que a própria JBC o queira relançar no futuro.

Fonte: Jbox e JBC


love junkies 14

5. Love Junkies

Segundo informações do site Jbox, quando Love Junkies foi lançado no Brasil uma parcela do público não gostou, entre outros motivos por ser praticamente desconhecido, além de sua temática mais “ousada”. Entretanto o mangá de Kyo Hatsuki logo tornou-se um sucesso inquestionável no país e um fenômeno de vendas.

Segundo a JBC, os fãs brasileiros mandavam tanto e-mail, mas tanto e-mail em português para a autora que ela ficou tão contente que fez uma homenagem ao país na edição 15 do mangá (edição 30 no Brasil).

Fonte: JBC e Jbox


4.  Prêmio Yamato

Recentemente, a JBC foi eleita como melhor editora de 2014 pelo troféu HQMix. Porém este não foi o primeiro prêmio que a editora ganhou. Um dos mais interessantes foi o Prêmio Yamato (conhecido como o Oscar da dublagem brasileira) pela tradução do anime Fullmetal Alchemist, em 2006, que foi feita pela equipe da editora.

Fonte: JBC


Dragon ball evolution3. Dragon Ball pela JBC?

Mais ou menos. O mangá de Akira Toriyama nunca saiu pela editora, mas a JBC publicou em 2009 uma adaptação romanceada do deplorável, horrível e esquecível filme Dragon Ball Evolution. O livro tinha 200 páginas e foi lançado em versão bilíngue (inglês – português).

Fonte: JBC


 

2. Natação

O que uma editora de mangás tem a ver com natação? Nada. Ao menos, não inicialmente. Todavia, a JBC já patrocinou nadadores juvenis em troféus de natação realizados em São Paulo. Um exemplo é a nadadora Marina Ogawa que ganhou 3 medalhas (uma de ouro e duas de prata) no XIV Troféu Kim Mollo, realizado entre os dias 11 e 13 de maio de 2007 na cidade de Mococa, em São Paulo.

Fonte: JBC


1. Publicidade, tiragem e público alvo

É difícil ver publicidade em mangás da JBC que não sejam dos próprios títulos da editora. Entretanto, a empresa está aberta à publicidade em seus títulos, desde que não haja impedimentos contratuais com o Japão (em Sailor Moon, por exemplo, a única propaganda que a editora pode colocar é justamente de Sailor Moon).

Mas o interessante são as informações que a editora coloca em seu site destinada aos possíveis anunciantes. Segundo elas, a tiragem dos mangás da editora variam de 10 a 30 mil exemplares e o público alvo da empresa são jovens e adolescentes de 12 a 25 anos de idade, das classes A e B. Ainda segundo essas informações, os leitores de mangás são interessados em tecnologia, cultura japonesa e entretenimento em geral. Além disso, 55% do público da editora concentra-se na região sudeste.

Logicamente tais informações já se encontram ultrapassadas. Por exemplo, em uma matéria do Social comics, há a informação de que a tiragem dos mangás da editora JBC variam de 15 a 40 000 exemplares.

Fonte: JBC


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Essa foi nossa seleção de curiosidades da editora JBC. Será que merece uma parte 2? Será que devemos fazer das outras editoras também?

Biblioteca Brasileira de Mangás

6 Comments

  • Humberto

    Um dos fenômenos mais legais é estudar como a inflação atingiu o Brasil pelos mangás. Eu tenho os mangás de Love Hina e Video Girl Ai, ainda aqui em casa. Os primeiros volumes (meio tanko) era 2,50 em 2001 – 02. O último volume de Love Hina já era 3,90. Dragon Ball da Conrad era 4,90, hoje, o mais barato que tem por ai com qualidade ruim (Panini) é 12 reais.

    • Na verdade,se vc comparar o mesmo tipo e quantidade de material impresso antes e agora,vai ver que estamos ganhando desconto,comprando os mangas de hoje em dia.

  • Me lembrei da história da primeira publicação de A Sakabatou de Yahiko. Segundo a editora na época, nem a Shueisha tinha mais esse material (havia sido publicado somente na Shonen Jump, nunca em um encadernado). Só foi possível a publicação graças aos originais que o Watsuki tinha. Foi a primeira editora fora do Japão a publicar a história (se não me engano a VIZ lançou tempos depois).
    A JBC pode ter suas falhas de vez em quando, mas é graças a histórias como esta que fazem dela minha editora favorita.

  • JMB

    Gostei muito do artigo!! Sempre soube que Love Junkies vendeu bem, mas nunca que foi fenômeno. Será que se To LOVE-Ru der retorno eles considerariam relançar essas obras mais ousadas (inclua aí Video Girl que merece muito um relançamento)?

    • Acho que não. Se To love-Ru vender bem só vai servir para a editora trazer o darkness ou obras inéditas desse mesmo gênero.

      E eu acho que video Girl está mais para Love hina do que para um To love-Ru… E é só um chute, mas eu acho que só terá relançamento de Video Girl se ele vendeu bem no passado…

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